quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma nova fase, mais confusa e difusa ainda

Depois de tanto fugir de tudo isto aqui, que por muito tempo foi o meu refúgio, eu retorno, porque todo bom filho ao lar retorna. 
A saudade, a falta, melhor dizendo, voltar é como reaprender algo que nunca foi esquecido. 
É como voltar atrás no tempo e se tocar que isso ainda faz parte de mim. 
Palavras, palavras, sentimentos bem colocados. 
Bem organizados, espaçamento 1,0; fonte ZapfHumnst BT, tamanho 12; margens estreitas; tudo bem justificado. 
Que bons tempos que nada, que coisa que me corrói e me faz voltar o rosto e aceitar que eu fui sim a garota que gostava de escrever coisas que ninguém iria ler, mas que era tão bem escolhida palavra por palavra, colocação por colocação. 
Eu fui, mas não sou, porque agora eu mudei. Eu me borboletiei. 
Transformudei, virei, mas não ao avesso. 
Eu sou a garota que ainda escreve coisas que ninguém vai ler, não agora. 
Escrevo porque eu leio, e isso a mim me basta, e isso pode um dia me preencher. 
E eu quero um dia achar este pergaminho digital contemporâneo,
e saber que eu era isso neste dia. 
E eu vou me sentir uma geração a frente, relendo pensamentos de um outro tempo, de uma outra pessoa que ficou no passado, mas que me fez no futuro.
Isso poderia virar um livro um dia, mas por enquanto, eu só reviro meu baú escondido, que só eu tenho a chave e a senha. 
Que tempos são estes? Que episódios estranhos. 
Os tempos mudam e as minhas aflições também, a única coisa que pra mim continua igual é a minha incerteza rotineira. 
Que “mins” e “eus” mais egoístas. 
Já notou? 
Eu já.

BruhSurdi